miércoles, 31 de mayo de 2017

PREVISÃO DE MAIS CHUVA COLOCA EM ALERTA CIDADES ATINGIDAS NO ESTADO RGS BRASIL

Nível do rio Guaíba deixa prefeitura de Porto Alegre em alerta
JONATHAN HECKLER/JC
Os gaúchos continuam sofrendo com as consequências da chuva que atinge o Estado desde a semana passada. De acordo com levantamento da Defesa Civil, há danos em 60 municípios, e mais de 500 famílias foram afetadas.
No total, 2.384 pessoas tiveram de deixar suas casas - 1.889 estão desalojadas e 495, desabrigadas. Por enquanto, são 19 municípios em situação de emergência (Tiradentes do Sul, Campo Novo, Três Passos, Coronel Bicaco, Tenente Portela, Panambi, Cristal, Sertão, São Jerônimo, Tunas, São José das Missões, Itaqui, Casca, São Borja, Pedras Altas, Boqueirão do Leão, Dom Pedrito, Barros Cassal e Vila Lângaro).
A Defesa Civil está em alerta, uma vez que existe alto risco nas bacias dos rios Uruguai, Caí e Taquari. O rio Uruguai continuará subindo nos próximos dias, e, no rio Caí, a chuva pode chegar forte entre hoje e amanhã, aumentando os riscos de inundações. Também está prevista precipitação intensa na área de contribuição do rio Taquari.
Esses três rios permanecem em estado de alerta para inundações. O rio Jacuí, assim como o Guaíba, está em atenção. Além disso, as coordenadorias regionais continuam vistoriando as áreas afetadas, e outras cidades podem decretar situação de emergência.
O retorno das famílias às casas ainda é lento no Estado. Por enquanto, somente os desalojados de Panambi voltaram para suas residências. No entanto, em São Sebastião do Caí, há 35 famílias desalojadas, assim como em Uruguaiana (45), Itaqui (82), Montenegro (62) e Campo Novo (22).
Em São Sebastião do Caí, uma das cidades mais afetadas, o nível do rio Caí começou a baixar. Depois de chegar aos 12,65 metros acima do normal no domingo, ontem estava a nove metros. Mesmo assim, a previsão de chuva de pelo menos 70 milímetros para Caxias do Sul e Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, mantém o estado de alerta e de risco de retomada da elevação do rio no município. Por isso, os desalojados serão mantidos no abrigo improvisado pela prefeitura.
A constante precipitação também afetou o lago Guaíba. Por enquanto, não apresenta riscos, mas o Centro Integrado de Comando da Capital ficará atento, uma vez que a previsão de volta de chuva intensa para hoje e amanhã aumenta o risco de cheia. Ontem à tarde, a régua que mede a altura do Guaíba alcançou 1,96 metro - a cota de cheia é de 2,10 metros.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), para esta quarta-feira, as condições meteorológicas são favoráveis à ocorrência de chuva, moderada a forte, com trovoadas e rajadas de vento, variando entre 60 e 90 quilômetros em áreas do Oeste, do Norte, do Centro e do Nordeste. A temperatura deve variar entre 8 e 19 graus no Estado, e entre 14 e 17 graus na Capital.
A terça-feira trouxe, mesmo que em pouca intensidade, a chuva de volta ao Estado. Em Porto Alegre, as temperaturas variaram entre 15,2 e 18 graus. No Rio Grande do Sul, a mais alta, de 22,6 graus, foi registrada em Iraí, e a mais baixa, de 8,5, em Santa Vitória do Palmar.
Chuva constante deixa sete mortos em Pernambuco e Alagoas
 A chuva que atinge Pernambuco e Alagoas, no Nordeste do País, desde o fim da semana, deixou, até segunda-feira, 38,9 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas, com efeitos mais fortes nas cidades pernambucanas. No total, cinco pessoas morreram em municípios alagoanos e outras duas em Pernambuco. A situação levou os governadores a decretarem situação de emergência ou calamidade em um total de 40 cidades.
No entanto, ontem, o governo de Pernambuco mudou a classificação de 14 municípios em estado de calamidade para situação de emergência. Outras 10 cidades tiveram o estado de emergência reconhecido em um segundo decreto. O Ministério da Integração Nacional define que a "situação de emergência" é decretada em razão de desastres menos graves, quando a capacidade de resposta do município atingido não é superada, mas requer ajuda complementar do estado ou da União para as ações de socorro e de recuperação. Já o estado de calamidade é utilizado quando é necessário o auxílio direto do estado ou da União por causa da magnitude do desastre.
O presidente Michel Temer autorizou um empréstimo de R$ 600 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para concluir quatro represas, cuja construção foi anunciada em 2010.

A situação dos moradores dos dois estados está tão grave que as famílias estão disputando sacos de comida molhados e cobertos de lama, descartados por supermercados. O fato ocorreu em Palmares, quando um supermercado do Centro da cidade descartou uma série de produtos alimentícios que foram estragados pela enchente de segunda, atraindo dezenas de pessoas em função da escassez de água potável e de alimentos. TOMADOD E JOURNAL DO COMERCIO DE RGS BR 

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