MPF APONTA 2,3 MIL RESPONSÁVEIS POR DESMATAMENTO ILEGAL NA
AMAZÔNIA
Das 1.550 áreas desmatadas, 54 estão localizadas em unidades
de conservação federal, 18 em terras
indígenas e 644 em glebas federais
(foto:
Arquivo/Agência Brasil)
Levantamento feito pelo Ministério Público Federal (MPF)
identificou, entre agosto de 2016 e julho de 2017, na Amazônia Legal, 2,3 mil
pessoas ou empresas associadas a desmatamentos ilegais com área igual ou
superior a 60 hectares. Foram mapeados 1.550 polígonos, que somam uma área de
162 mil hectares nos nove estados da Amazônia Legal. Das 1.550 áreas
desmatadas, 54 estão localizadas em unidades de conservação federal, 18 em
terras indígenas e 644 em glebas federais. De acordo com o MPF, 567 polígonos,
o que corresponde a 36% do total, registram algum tipo de embargo dos órgãos
ambientais. Os números constam da
segunda etapa do projeto Amazônia Protege, desenvolvido desde o ano passado
pelo MPF. A primeira fase, lançada em novembro de 2017, resultou na instauração
de 1.088 ações civis públicas contra 1.001 pessoas físicas e jurídicas. Os
pedidos de indenização somam R$ 2,4 bilhões. De acordo com o levantamento
atual, o estado que apresentou maior número de áreas desmatadas foi o Pará, com
416 polígonos que totalizam uma área de 47 mil hectares. Na região, foram
identificadas 625 pessoas ou empresas associadas a desmatamentos ilegais. O
Mato Grosso ficou em segundo lugar no ranking, com 411 áreas desmatadas,
seguido de Rondônia, com 346 áreas. Desenvolvido pelo MPF com apoio do Ibama e
do ICMBio, o Amazônia Protege usa de imagens de satélite produzidas pelo
Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal. Os responsáveis
pelos desmatamentos foram identificados por meio do cruzamento com bancos de
dados públicos, tendo como recorte áreas iguais ou superiores a 60 hectares.Os
resultados serão enviados aos procuradores da República nos estados, servindo
de base para ações civis públicas, com pedidos de reparação do dano ambiental e
pagamento de indenização. Segundo o MPF, as indenizações devem ultrapassar os
R$ 2,6 bilhões. Informações sobre as áreas identificadas como desmatamento
ilegal e sobre as ações civis públicas instauradas pelo MPF podem ser acessadas
por meio do site.do projeto Amazônia Protege. Tomado de correio brasiliense
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