Preço do leite ao
produtor no Rio Grande do Sul diminui 2,44% Aquecimento do setor leiteiro só
deve vir no início do próximo ano /MARCO QUINTANA/JC O valor de referência do
leite projetado para outubro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,1410 por litro,
2,44% abaixo do consolidado de setembro, que fechou em R$ 1,1696. O indicador,
divulgado pelo Conselho Paritário de Produtores e Indústrias de Leite
(Conseleite-RS) ontem, sinaliza um movimento de estabilização do mercado uma
vez que a redução do litro no mês anterior foi menor do que o esperado
inicialmente (R$ 1,1480). Segundo o professor Eduardo Finamore, da Universidade
de Passo Fundo (UPF), o movimento de estabilidade tende a seguir até dezembro,
e o aquecimento do mercado só deve vir no início de 2019. O presidente do
Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat),
Alexandre Guerra, informou que a indústria enfrenta aumento de custos pela
variação cambial e a expectativa é pelo ingresso da safra de Minas Gerais e
Goiás no mercado. Segundo Guerra, com o avanço de outubro, já se observam
ajuste de preços. Além disso, segundo o dirigente, setembro foi um mês de
vendas difíceis devido aos sucessivos feriados. Os dados de outubro do
Conseleite refletem movimento do leite UHT, que caiu 2,24% no mês, e a mudança
no mix de produção no Rio Grande do Sul, que expandiu o processamento de leite
em pó a partir da segunda metade de setembro. "Mesmo assim, os preços
neste ano ainda estão bem acima do padrão de 2017", informou Finamore. Em
termos nominais (com correção da inflação), o economista indica que o valor
médio pago em 2018 (média dos valores mensais entre janeiro e outubro de 2018
corrigida pelo IPCA) é o maior da série histórica do Conseleite: R$ 1,1310.
"É preciso considerar que os preços melhores também vieram acompanhados de
aumento dos custos de 5,14% no acumulado do ano de 2018", indicou
Finamore. Durante reunião do Conseleite na sede da Federação da Agricultura do
Rio Grande do Sul (Farsul), em Porto Alegre, representantes dos produtores e da
indústria debateram o potencial competitivo para exportação. O diretor da
Farsul, Jorge Rodrigues, ressaltou os desafios à frente. "Ainda temos um
mercado muito grande dentro do Brasil, principalmente em nichos de alto valor
agregado. Precisamos nos preparar para exportar, mas para trabalhar com
produtos de valor agregado. Esse é o nosso futuro", salientou. Guerra
completou, lembrando que ampliar a presença do Brasil no exterior passa por
ganhar competitividade. - Jornal do Comércio (https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/economia/2018/10/653867-preco-do-leite-ao-produtor-no-rio-grande-do-sul-diminui-2-44.html)
Tomado de journal do
comercio de br
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